Entendendo a Perda de Vácuo em Botijões de Nitrogênio Líquido
Os botijões de nitrogênio líquido são peças fundamentais em muitos laboratórios e instituições de pesquisa. Eles desempenham um papel crucial no armazenamento e transporte de amostras que necessitam ser conservadas em temperaturas criogênicas. No entanto, um dos desafios enfrentados pelos usuários desses botijões é a perda de vácuo, que pode comprometer sua eficácia e desempenho. Vamos explorar o que pode causar essa perda de vácuo e como lidar com isso para evita-la.
O QUE É PERDA DE VÁCUO EM BOTIJÕES DE NITROGÊNIO LÍQUIDO?
Antes de mergulharmos nas causas da perda de vácuo, é importante entender o que isso significa. Os botijões de nitrogênio líquido são projetados para manter um ambiente isolado, onde o nitrogênio líquido é armazenado a temperaturas extremamente baixas. Para garantir a eficácia desse armazenamento, é essencial que o botijão mantenha uma câmara de vácuo, que não é a única, mas é a maior barreira térmica do botijão, minimizando a transferência de calor para o interior do recipiente.
A perda de vácuo ocorre quando por algum motivo a vedação desta câmara é rompida e há entrada de ar no ambiente, quando isso ocorre o calor externo passa a ser transferido para dentro do botijão, o que causa a evaporação do nitrogênio líquido e consequentemente, uma redução na eficiência do botijão.
CAUSAS DA PERDA DE VÁCUO
Existem várias razões pelas quais um botijão de nitrogênio líquido pode perder vácuo. Algumas das causas mais comuns incluem:
1. Danos Físicos: Impactos, quedas ou qualquer forma de dano físico ao botijão podem comprometer a integridade da estrutura externa ou do “pescoço” e resultar em perda de vácuo.
2. Desgaste do Material: Com o tempo, o material isolante do botijão pode se deteriorar devido ao uso frequente ou exposição a condições adversas, levando à perda de vácuo.
3. Vazamentos: Vazamentos no sistema de vedação da câmara de vácuo do botijão podem permitir a entrada de ar externo, interferindo no vácuo.
4. Mau Uso ou transporte Inadequado: transportar de maneira inadequada, pode comprometer sua vedação e causar perda de vácuo.
5. Transbordamento de nitrogênio: No ato do abastecimento do botijão, se houver transbordamento de nitrogênio líquido este pode atingir a válvula da câmara de vácuo e danificar as borrachas de vedação.
COMO LIDAR COM A PERDA DE VÁCUO:
Embora a perda de vácuo seja inevitável em alguns casos, há medidas que podem ser tomadas para minimizá-la e prolongar a vida útil do botijão:
1. Inspeções Regulares: Realizar inspeções regulares no botijão pode ajudar a identificar e corrigir problemas antes que causem perda de vácuo.
2. Manuseio Adequado: Certifique-se de manusear o botijão com cuidado e seguir as instruções do fabricante para abrir, fechar e transportar o recipiente de forma adequada.
3. Monitoramento da Temperatura: Mantenha o botijão em um ambiente com temperatura controlada e evite exposição a fontes de calor excessivo que possam acelerar a evaporação do nitrogênio líquido.
4. Acompanhar os abastecimentos para evitar transbordamento.
5. Evitar transportar o botijão cheio, mas se isso for necessário, tomar muito cuidado para evitar quedas ou batidas no equipamento.
Conclusão:
Embora a perda de vácuo seja um desafio comum enfrentado por usuários de botijões de nitrogênio líquido, entender suas causas e implementar medidas preventivas pode ajudar a minimizar seus efeitos. Com manutenção adequada e manuseio cuidadoso, é possível prolongar a vida útil do botijão e garantir sua eficácia no armazenamento de amostras criogênicas.
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Tipos de Canecas (Canisters)
OS CANISTERS (CANECAS) SÃO ESSENCIAIS PARA A ARMAZENAGEM DE AMOSTRAS NOS BOTIJÕES DE NITROGÊNIO LÍQUIDO.
Essencialmente, os canisters (canecas) são estruturas metálicas projetadas para acomodar e organizar amostras de forma eficiente dentro do botijão.
Para a armazenagem de palhetas, o Botijão de Nitrogênio Líquido é equipado com canisters (canecas) redondos específicos. Esses canisters (canecas) são projetados para receber palhetas organizadas em racks ou palhetas soltas dentro de globetes*. (*recipientes plásticos de diferentes diâmetros, próprios para esta finalidade)
Nestes canisters (canecas) redondos também é possível armazenar criotubos, sendo que os mesmos deverão preferencialmente estar organizados em racks.
Luisa Volta, apresenta a esquerda criotubos armazenados em caixas (estojos) utilizados para racks quadradas. Disponível nos modelos Volta 40SQ e Volta 47SQ. E a direita, criotubos armazenados em racks utilizados em canecas redondas (canisters) disponíveis nos modelos Volta 10, Volta 20, Volta 40 entre outros. |
Os canisters (canecas) variam de diâmetro e altura conforme o modelo do botijão. Botijão com aberturas maiores, possuem canisters (canecas) com diâmetros maiores.
Cada botijão possui um determinado número de canisters (canecas) e é recomendado que todos, mesmo os que não estejam sendo utilizados, sejam mantidos dentro do botijão para não afetar a taxa de evaporação.
Ao invés dos canisters (canecas) alguns modelos de botijões podem vir equipados com racks quadradas, essas racks possuem andares aonde as amostras, no caso criotubos, são armazenadas em caixas apropriadas.
Portanto, ao escolher um botijão de nitrogênio líquido é muito importante se atentar ao tipo e medidas dos canisters (canecas) e verificar se elas são adequadas para as suas aplicações.
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Determinar a taxa de evaporação de um botijão
PARA DETERMINAR A TAXA DE EVAPORAÇÃO DE UM BOTIJÃO DE NITROGÊNIO LÍQUIDO, SIGA OS SEGUINTES PASSOS:
PARA BOTIJÕES RESFRIADOS, OU SEJA, QUE AINDA CONTENHAM NITROGÊNIO.
1. Abasteça o botijão com nitrogênio.
2. Aguarde aproximadamente 10 minutos.
3. Pese o botijão.
4. Aguarde alguns dias (mínimo 7, recomendamos 10 dias) sem manusear o botijão.
5. Pese o botijão novamente de preferência no mesmo horário da primeira pesagem.
6. Subtraia o peso final do peso inicial para obter a perda em quilos.
7. Divida o resultado da perda em quilos por 0,808 para converter para litros de nitrogênio líquido.
8. Divida o resultado em litros pelo número de dias do teste.
9. O resultado representa a perda diária de nitrogênio líquido.
PARA BOTIJÕES SECOS (NÃO RESFRIADOS).
1. Abasteça o botijão com nitrogênio conforme instruções de primeiro abastecimento. CLIQUE AQUI
2. Aguarde aproximadamente 2 horas.
3. Pese o botijão.
4. Aguarde alguns dias (mínimo 7, recomendamos 10 dias) sem manusear o botijão.
5. Pese o botijão novamente de preferência no mesmo horário da primeira pesagem.
6. Subtraia o peso final do peso inicial para obter a perda em quilos.
7. Divida o resultado da perda em quilos por 0,808 para converter para litros de nitrogênio líquido.
8. Divida o resultado em litros pelo número de dias do teste.
9. O resultado representa a perda diária de nitrogênio líquido.
OBSERVAÇÕES
- A quantidade ideal de dias para o teste depende da capacidade do botijão. Para botijões de menor capacidade, teste com menos dias.
- Para resultados confiáveis é imprescindível manter o botijão em um local onde não será manuseado durante todo o período do teste. Não abrir a tampa ou transportar o botijão durante o teste.